sábado, 5 de junho de 2010

Transfere-dor

Mas eu não sei, juro que tentei.
Sem porque ou talvez sabendo, eu quis te perder e me perdi.
Me afoguei, afoguei minha áurea. Aluguei minha voz, desconstruí.

Paguei para ser feliz, não o faças,
Violinista fui, trocador também
Só não fui poeta.

Desalojado, corri. Sorri e dormi,
Tudo bem, eu menti,
Assumi mas fingi,
Então sumi...

Fiz amor com a calúnia,
Gozei litros de ilusão,
E dei o meu vintém não satisfeito, porém...

Boemiei, dancei com a ternura,
embriaguei meu ego e perdi a postura,
E no meu subconsciente, eu continuo sendo você.
Abstração, infortúnio, eloquência, catacrese.


Blasfêmia
Eu juro por Deus que não rezei. 
(e nem rezarei)

Um comentário:

Paulo Tamburro disse...

Você teu uma habilidade para serpentear os versos, os textos ( notei isto também no outro blog) e que me dá a impressão que você seja, uma mulher que cultiva e realiza sua liberdade como poucas.

É isto que fica explícito no que escreve.

Eu me sinto tão menor e frágil, que coisa inacreditável, ao ler você!

E você não emprega arrogância, nem autoritarismo, muito menos aquelas explosões incontidas de mulher emancipada, executiva, diretora do escambau...

Não, nada disso.

Feminilidade é seu design , enquanto pessoa.

Eu vou me dedicar um pouco para descobrir, o que é preciso, e para que lado eu devo olhar para sair desta sombra que não me ajuda a decifrá-la.

Lindíssimos seus textos. Mesmo!!!

Um abração carioca.